Segundo a dermatologista do Hospital Infantil e Maternidade de Vila Velha (Himaba) Letícia Bastos, a insolação é causada pelo aumento da temperatura do corpo quando há exposição solar muito intensa e pode ocorrer também em ambientes muito quentes.
“O corpo tem um mecanismo para regular a temperatura e mantê-la estável, por volta dos 35,5 e 36,5 graus. Quando isso não acontece, podem aparecer problemas”, ressalta. Aumento da temperatura corporal, dor de cabeça, enjoo, alteração de consciência (desmaio), vermelhidão na pele, respiração ofegante, aumento dos batimentos cardíacos e desidratação são sintomas clássicos.
Cuidados - Os cuidados para evitar esse mal devem ser adotados por pessoas de todas as idades, mas idosos e, sobretudo crianças, são mais suscetíveis, por não terem o mecanismo de regulação da temperatura corporal tão eficiente, afirma a médica. “As crianças menores não falam, não têm muita noção da exposição ao sol e dependem da atenção dos outros”, explica.
Por isso, é preciso seguir algumas orientações. Na praia, o ideal é tomar banho de sol antes das 10 e depois das 16 horas, assim como proteger a criança com chapéu, boné, e providenciar roupas frescas, que deixe o corpo transpirar. “O suor quando evapora resfria a temperatura corporal”, detalha Letícia.
Óculos escuros e roupas com proteção contra os raios ultravioleta (UV) são opções para adultos. O uso do protetor solar (com FPS 30 no mínimo) é importante por pessoas de todas as idades acima dos seis meses, assim como a ingestão de bastante líquido, na forma de água, suco, água de coco, por exemplo. O álcool deve ser evitado, já que acelera a desidratação.
Quando sintomas como os descritos são identificados, a orientação da especialista é fazer a hidratação da pessoa e aplicar compressas de água pelo corpo para tentar diminuir a temperatura corporal e, assim que for possível, procurar atendimento médico.
FOTO: Divulgação / Sesa
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