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Relatório definirá recuperação do Parque Paulo César Vinha

26/03/2014


Para identificar a melhor forma de recuperação da área atingida pelo fogo no Parque Estadual Paulo César Vinha, localizado em Guarapari, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) irá elaborar um relatório ambiental sobre o incidente. Este foi o maior incêndio ocorrido na área. A estimativa é que foram atingidos 500 hectares, dos 1.500 que a unidade possui.

O fogo foi controlado no sábado (22) e a região vem sendo monitorada por equipes do Iema e do Corpo de Bombeiros, que trabalha com a hipótese de que o incêndio tenha começado após a queima de lixo em casas no entorno do Parque.


O diretor-presidente do Iema, Tarcísio Föeger, ressaltou a importância da atuação das equipes na contenção das chamas. "Mesmo com condições tão adversas como vento forte, vegetação seca e vários focos ao Norte e Sul da unidade, os trabalhos foram perfeitos. Sem dúvida houve grande evolução se compararmos as atitudes tomadas no último incêndio, em 2008, quando 30 hectares foram queimados", afirmou.

O relatório ambiental será iniciado após o encerramento do monitoramento no local e tem previsão de ser concluído em 15 dias. Será realizado um levantamento das áreas e espécies de vegetação afetadas pelo fogo com o intuito de identificar os locais prioritários para o início da recuperação e para implantação do Programa de Controle e Combate a Incêndios.

O trabalho de recuperar restingas é altamente complexo em função do solo arenoso que dificulta o cultivo. Porém, a vegetação rasteira foi a mais atingida, o que irá colaborar para a restauração do Parque. Outra dificuldade serão as áreas brejosas, que dependem de regeneração natural.

Também será feita identificação dos animais que foram mortos em função do incidente. Foram encontrados durante o combate ao fogo pacas e capivaras, além de ninhos de pássaros e répteis, que possuem deslocamento mais lento.

CONCEIÇÃO DA BARRA - Também foi identificado um incêndio em área de restinga na Área de Proteção Ambiental (APA) de Conceição da Barra, na região conhecida como Porto Grande, próximo ao Quadrado. Foram feitos aceiros no local para impedir a propagação das chamas, e o fogo foi controlado na tarde de domingo (23). Estão atuando no monitoramento da área a equipe de gestão da APA, gerenciada pelo Iema, e a brigada florestal de uma empresa privada. Estima-se que 13,5 hectares tenham sido destruídos pelo fogo.

É importante que a população, principalmente durante períodos de estiagem, não jogue guimbas de cigarro em beira de estradas e não faça queimadas sem autorização. Essas ações evitam incêndios.

Saiba mais

:: PARQUE PAULO CÉSAR VINHA - O Parque foi criado com o intuito de preservar uma faixa contínua de restinga, um dos ecossistemas mais ameaçados da Mata Atlântica. A unidade foi criada pelo Decreto Nº 2.993-N de 1990, com a denominação inicial de Parque de Setiba. Por meio da Lei nº 4.903, de 1994, passou a ser denominado Parque Estadual Paulo César Vinha, em homenagem ao biólogo Paulo César Vinha, morto em 1993, por atuar contra a extração de areia na região.

Há uma grande diversidade de ambientes em sua área como lagoas, dunas e planícies alagadas, além de inúmeras formações vegetais como a Mata Seca, a Floresta Permanentemente Inundada, Brejo Herbáceo, formações abertas e a vegetação pós-praia.

O Parque abriga espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção como a pimenteira rosa e o ouriço-preto, além de espécies endêmicas como algumas pererecas e libélulas. A Lagoa de Caraís é sua principal atração. O Parque é circundado pela Área de Proteção Ambiental (APA) de Setiba, que funciona como sua zona de amortecimento e visa conservar a região marinha do arquipélago das Três Ilhas.

:: APA DE CONCEIÇÃO DA BARRA - A Área de Proteção Ambiental de Conceição da Barra foi criada em 13 de novembro de 1998, por meio do Decreto Estadual nº. 7.305-E, sendo instituída pelo Decreto nº 1.876-R, em 04 de julho de 2007. Sua área é de 7.728 hectares e apresenta ecossistemas característicos de ambientes costeiros, abrigando extensa faixa de restinga em bom estado de conservação, além de manguezal estruturado associado à foz do rio São Mateus, um dos principais motivos de sua criação.

A unidade é caracterizada por grande diversidade vegetal e animal. Entre as espécies da fauna ameaçadas de extinção já registradas na área pode-se citar a onça-parda, o gato-do-mato e o ouriço-preto. No seu interior existem comunidades tradicionais como Barreiras e Meleiras.


FOTO: Mário Candeias

 
(Os textos publicados são produzidos pelas Assessorias da Rede de Comunicação do Governo do Estado do Espírito Santo).