Garantir condições de acesso, participação e aprendizagem de alunos com deficiência é o objetivo do Atendimento Educacional Especializado, ofertado na modalidade da Educação Especial pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu). O serviço de inclusão educacional atualmente é realizado em 352 escolas, pertencentes às 11 Superintendências Regionais de Educação (SRE), e hospitais da Grande Vitória.
O Atendimento Educacional Especializado é uma provisão de recursos, serviços e profissionais que possibilitem os processos de escolarização dos estudantes com deficiência intelectual, auditiva, visual, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação.
O objetivo é oferecer condições de acesso, participação e aprendizagem de estudantes do Ensino Regular e Educação de Jovens e Adultos, orientando os sistemas de ensino para garantir a transversalidade das condições educacionais e o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem barreiras no processo ensino e aprendizagem.
“O acesso à educação é um direito humano e inquestionável. Assim, todas as pessoas, independentemente de sua condição, têm o direito à educação escolar em qualquer de seus níveis ou modalidades, pois visa o pleno desenvolvimento humano ao seu preparo para o exercício da cidadania”, destacou a subgerente da Educação Especial, Luiza Elena Candido de Almeida.
ATIVIDADES - As atividades são realizadas individualmente ou em pequenos grupos, em turno contrário ao da escolarização em sala de aula comum.
Dentre as ações desenvolvidas estão o ensino do sistema Braile; estratégias para autonomia no ambiente escolar, que contribui no desenvolvimento de atividades realizadas com o apoio de recursos de tecnologia assistiva, visando a fruição pelos estudantes; uso de recursos ópticos e não ópticos, que promove a acessibilidade nas atividades de leitura e escrita; estratégias para o desenvolvimento de processos mentais, com a finalidade de ampliar as estruturas cognitivas facilitadoras da aprendizagem nos mais diversos campos do conhecimento.
Além disso, também são trabalhadas técnicas de orientação e mobilidade, que visa proporcionar o conhecimento dos diferentes espaços e ambientes para a locomoção dos estudantes, com segurança e autonomia; Linguagem Brasileira de Sinais (Libras), sendo essa a primeira língua do surdo (L1); ensino do uso da comunicação alternativa e aumentativa (CAA), com o objetivo de atender as necessidades comunicativas de fala, leitura ou escrita dos estudantes; uso da calculadora mecânica Soroban, de maneira a aprimorar o raciocínio lógico; funcionalidades da informática acessível e Língua Portuguesa na modalidade escrita.
“O aluno é sujeito e foco de toda a ação educacional, por isso deve ter garantido o seu percurso de aprendizagem na educação básica e também profissional”, destacou a subgerente.
PROFISSIONAL EM AÇÃO - A professora Kriscila Coutinho desenvolveu diversos trabalhos na Escola Estadual Godofredo Schneider, de Vila Velha, na modalidade da educação especial.
Dentre os destaques estão o “Painel com Dobraduras”, onde foram confeccionados animais com o uso do papel e redigidas frases a favor da preservação ambiental; “Fotos das Lembranças”, outro trabalho artesanal que aprimorou a coordenação motora, raciocínio, cores, concentração e oralidade; e o “Coleta Seletiva”, jogo de tabuleiro que envolve as disciplinas de Biologia, Geografia, Língua Portuguesa, Matemática.
“Educar para a inclusão é afirmar que todos têm o direito de estudar numa escola regular com outros educandos, construindo juntos o conhecimento. Incluir o educando com deficiência exige um acompanhamento específico e com qualidade, para que assim hajam resultados realmente satisfatórios”, frisou a professora.
CLASSE HOSPITALAR - Criado no ano de 2004, o Projeto Classe Hospitalar é uma parceria entre as Secretarias de Estado da Educação (Sedu) e da Saúde (Sesa). Atualmente as atividades são desenvolvidas no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, na Associação Capixaba Contra o Câncer Infantil (Acacci), no Hospital Dr. Dório Silva e Hospital Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves.
O objetivo é garantir o atendimento pedagógico educacional hospitalar às crianças e adolescentes matriculados na rede pública de ensino, no âmbito da educação básica, que se encontram impossibilitados de frequentar a escola temporariamente, trabalhando por meio de um currículo flexibilizado e/ou adaptado, garantindo a manutenção do vínculo com a escola de origem e a família, favorecendo seu regresso, acesso e continuidade à educação regular.
O atendimento ocorre dentro do hospital, em espaço destinado (classe hospitalar) especificamente ao ensino e aprendizagem do aluno. O ambiente onde se realiza o trabalho pedagógico conta com jogos diversificados e materiais de apoio que facilitam a dinamização das atividades com os alunos e que contribuem para o desenvolvimento do processo educacional. Caso a criança ou o adolescente não consiga ir até a classe hospitalar, o atendimento ocorrerá no leito onde o mesmo se encontra.
Em 2013, a Sedu investiu R$ 24.028,492 milhões, beneficiando 260 escolas dos 78 municípios e Instituições Filantrópicas sem Fins Lucrativos do Espírito Santo.
FOTO: Arquivo / Sedu
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