_imprensaoficial

logo_gov_sergipe
O que você procura?
Sites do governo

Hospitais desenvolvem ações de apoio a acompanhantes de pacientes

30/10/2014


A rotina de uma família muda completamente quando um de seus membros está internado. Além da preocupação constante com a saúde do ente querido, mãe, pai, irmãos e outros familiares muitas vezes se revezam na tarefa de ser acompanhante. Em alguns casos, uma única pessoa assume esse papel e acaba passando semanas e até meses “internada” junto com o paciente.

A psicóloga do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, Graziely de Almeida, comenta que para ser acompanhante a pessoa quase sempre precisa fazer renúncias que podem ter impacto negativo em sua vida se não houver planejamento, jogo de cintura e um apoio especializado, principalmente nos momentos de cansaço e de sofrimento.

“O acompanhante tem uma vida fora do hospital. Ele trabalha ou estuda, cuida de casa, tem filhos, enfim, tem uma rotina que sofre alteração devido à internação do familiar. Uma vez que esse cuidador também é acolhido no ambiente hospitalar, ele se sente mais fortalecido e motivado para continuar a tocar sua rotina dentro e fora do hospital”, detalha a psicóloga.

No Jayme, além de apoio espiritual oferecido pelo serviço de capelania, os acompanhantes recebem o suporte de psicólogos e, contam com o projeto Cuidando do Cuidador. Graziely explica que são encontros semanais, por meio dos quais é possível desenvolver ações contínuas de promoção e prevenção da saúde dos acompanhantes, além de fortalecer a relação entre paciente, família e equipe assistencial.

Nesses encontros, a equipe utiliza recursos como músicas, vídeos e dinâmicas de grupo para tratar de assuntos como motivação e família, trabalho em equipe, autoestima e relacionamento interpessoal.

Humanização – O Hospital Estadual Central (HEC) também oferece apoio aos acompanhantes de forma sistemática. A coordenadora do Serviço Social do hospital, Karina Albino, conta que no projeto Acompanhando o Acompanhante são fornecidas orientações sobre as normas e rotinas hospitalares e esclarecimentos quanto aos riscos de infecção hospitalar. “Utilizando uma linguagem de fácil compreensão e com o intuito de inserir o familiar numa relação de corresponsabilidade no processo saúde-doença do paciente”, diz.

Karina explica que além da angústia gerada pela condição do paciente, o acompanhante traz consigo demandas relacionadas ao núcleo familiar, que também é afetado pela internação. “Entre as questões que eles apresentam estão a dificuldade de revezamento familiar e o sofrimento gerado pela expectativa quanto à saúde do paciente”, conta a coordenadora, enfatizando que iniciativas de suporte aos acompanhantes estão alinhadas à Política Nacional de Humanização (PNH).

Para Francisco Tartaglia, 58 anos, que está há mais de três meses numa rotina de revezamento para acompanhar o pai, internado no Hospital Central, o Acompanhando o Acompanhante é um apoio importante. “Fico muito satisfeito com esse suporte. Acho importante saber como agir dentro do hospital e como posso ajudar meu familiar”.

 

FOTO: Assessoria de comunicação / Sesa

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)