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Nossocrédito de Viana atinge R$ 15 mi para empreendedores

17/10/2014


A agência do Nossocrédito de Viana acaba de atingir a marca de R$ 15 milhões em financiamentos desde o início da atuação, em 2003. De acordo com dados do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), gestor do programa de microcrédito do Governo do Estado, o segmento que mais se destacou na procura por crédito foi o comércio, atingindo 62,3% do total de liberações. Além disso, as operações que mais se destacaram foram feitas pelo sexo feminino, chegando a 54,3%.

O resultado dos mais de R$ 15 milhões se deve ao bom desempenho da agência, em especial à atuação em 2014 e no ano passado. O município obteve em 2013, em sua carteira de crédito, um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, atingindo cerca de R$ 3,9 milhões. Apenas nos nove primeiros meses de 2014, já são R$ 2,65 milhões disponibilizados em 368 contratos de financiamento.

No acumulado do programa, mais de três mil projetos de financiamento foram contratados para micro e pequenas empresas, formais e informais, e ajudaram a movimentar a economia local. Para o coordenador do Nossocrédito de Viana, Flávio Andre dos Santos, o trabalho articulado entre a equipe do Nossocrédito do município, a prefeitura local e os parceiros do programa contribuíram para o bom desempenho. “O resultado é fruto do trabalho em equipe. É a soma de esforços dos agentes, do Banestes, do Bandes e dos demais parceiros que sempre ajudaram na melhoria com o programa de Viana. Principalmente, a dedicação da prefeitura que sempre acreditou no trabalho”, destaca o agente do município, onde nasceu o Nossocrédito no Estado.

Para Flávio, a economia do município contribuiu para a popularização do Nossocrédito. “Em Viana, como não havia grandes empresas, houve o desenvolvimento do potencial de diferentes segmentos e vários tipos de pequenos negócios. “A propaganda é boca a boca, sempre um indicando para o outro. Além disso, há as ações estruturadas como participação em eventos, reuniões de associações. Usamos todo tipo de divulgação”, explica.

Na metodologia do programa, é o agente de crédito, profissional capacitado e treinado pelo Bandes, quem faz o atendimento inicial ao cliente e levanta todos os dados necessários à análise detalhada de viabilidade de concessão do financiamento. No município são três profissionais atuando.

Empreendedorismo - Quando Poliana Paula Ferreira da Silva conheceu seu esposo José Moura da Silva, há 15 anos, não imaginava que aprenderia também o ofício que se tornaria sua profissão.

Com a sogra, Sorina Maria Moura da Silva, de origem indígena, a artesã conheceu todos os passos do processo de fabricação das famosas panelas de barro capixabas, desde a coleta do barro ao tanino, tintura proveniente do mangue e que empresta a coloração escura aos utensílios de barro fabricados artesanalmente por meio de uma técnica que passa de mãe para filha desde antes de os portugueses chegarem à nossa terra.

E foi justamente para investir nesse ofício que Poliana recorreu à ajuda do Nossocrédito. A paneleira, que mora e trabalha em Viana, utilizou o investimento do programa para comprar matéria-prima, como lenha, forno e prateleiras para a fabricação dos utensílios de barro, que vão desde pequenos potes até caldeirões, onde se prepara a genuína moqueca capixaba.

“Eu trabalho sozinha, mas queria expandir a produção e, para isso, precisava de mais matéria-prima e estrutura no meu local de trabalho, que fica em um espaço na minha própria casa. Foi aí que conheci o programa e me interessei pelo crédito. Era exatamente o que eu precisava naquele momento”, recorda Poliana. Durante a realização de uma feira, Poliana conheceu o agente de crédito de Viana e se informou sobre todas as condições e prazos do programa.

“Com os juros muito baixos e as condições de pagamento muito boas e facilitadas, optei pelo Nossocrédito e o investimento valeu muito a pena”, declara, feliz, a paneleira.

E o entusiasmo tem motivo: Poliana já fornece seus produtos para lojas, clientes diretos e até uma pousada em Guarapari. A produção só cresce e as encomendas têm aumentado consideravelmente. Ela produz cerca de cem panelas por mês e conta que a renda obtida com a venda dos utensílios é muito satisfatória.

“Eu faço o que eu gosto, tenho um ótimo retorno financeiro e ainda posso cuidar dos meus filhos. Eu jamais acharia um emprego que me pagaria o que eu ganho hoje trabalhando em casa”, finaliza.

 

FOTO: Assessoria de comunicação / Bandes

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)