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Obras de arte do acervo particular de Neyder Fernando no MAES

09/10/2014


Cerca de 80 obras do artista, um dos maiores colecionadores do Espírito Santo, foram selecionadas para compor a mostra “Das Poéticas do Colecionador: Neyder Fernando Lima – Exposição”.

Pela primeira vez, o artista Neyder Fernando Lima, um dos maiores colecionadores de arte do Espírito Santo, vai expor suas obras em Vitória. Nesta quinta-feira (09) será aberta, às 19 horas, no Museu de Arte do Espírito Santo – MAES, a mostra inédita “Das Poéticas do Colecionador: Neyder Fernando Lima – Exposição”. Com curadoria de Almerinda Lopes, Doutora em Linguagens Visuais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Universidade de Paris I, foram selecionadas cerca de 80 obras entre desenho, gravura, fotografia, pintura e outros suportes artísticos do acervo pessoal do artista composto por mais de 1500 obras.

O colecionador reuniu ao longo das últimas três décadas, nomes expressivos de algumas das principais tendências artísticas da contemporaneidade, grande parte deles alcançando hoje altas cotações no mercado de arte nacional e internacional. Ao disponibilizar parte desse acervo no Museu de Arte do Espírito Santo “Dionísio Del Santo”, Neyder Fernando Lima oferece ao público a oportunidade rara de apreciar e dialogar com expoentes marcantes da arte mundial, reunidos lado a lado em um mesmo espaço. Entre brasileiros e estrangeiros, obras de nomes como Marcel Duchamp, Alexander Calder, Andy Warhol, Yoko Ono, Jeff Koons, Amílcar de Castro, Ascânio MMM, Rubens Gerchman, Joaquim Tenreiro, Mira Schendel, Cildo Meireles, Waltércio Caldas, Nuno Ramos, Leda Catunda, além de artistas locais, como Regina Chulam, Hilal Sami Hilal, Rosindo Torres, Tania Calasans, Jan R e do próprio colecionador, que na década de 1990 também fez alguma incursão pelas artes, entre outras criações.

Segundo a curadora da exposição Almerinda Lopes, para escolher as 80 obras em meio às mais de 1500 do acervo do artista foi necessário adotar um critério diferenciado. “Como o objetivo era mostrar o máximo de obras possível, e como o MAES permite isso, optei por selecionar tanto artistas capixabas, quanto originários ou atuantes em outras localidades, com trajetórias já consolidadas. Além disso, os trabalhos escolhidos de cada um dos artistas deveriam estabelecer algum tipo de diálogo entre eles, e não de conflito, mesmo que as linguagens, suportes e materiais não sejam os mesmos”, conta.

Dentre as 80 obras selecionadas, Almerinda explica que algumas se destacam, mesmo cada uma tendo sua importância particular. Entre as peças que certamente vão chamar a atenção dos visitantes estão a versão impressa das rotogravuras de Marcel Duchamp, adquirida há mais de 10 anos pelo artista, em Londres; o belo Móbile, do americano Alexander Calder, que Neyder adquiriu em Barcelona, na Espanha; além de uma serigrafia magnífica e rara de Andy Warhol.

ARTE - Uma escultura adquirida recentemente por Neyder de uma das melhores fases do artista Ascânio MMM também compõe a mostra, bem como uma gravura de grandes proporções de Amilcar de Castro, que mesmo com problemas de conservação por umidade, foi selecionada, dada a sua importância.

Para Neyder, através desta mostra, uma de suas principais metas desde que deu início à formação desse ambicioso legado, é a crença de que é possível educar através da arte. “O luxo não é colecionar e sim poder compartilhar essa arte. É isso que me move. Dividir, compartilhar e propor um diálogo com os outros. Dar oportunidade para que outras pessoas conheçam parte desse acervo, que sem dúvidas é um passeio pela história da arte contemporânea mundial. A proposta da exposição é cultural e educacional. Gerar a discussão de conhecimento do que o homem é capaz de produzir, pensar e realizar”, explica o artista capixaba.

A exposição estará aberta ao público do dia 10 de outubro a 23 de novembro, com visitação gratuita. Ao longo do período da mostra, o MAES também preparou um calendário especial de atividades educativas. Haverá bate-papo com curadores, visitação guiada, visitas para grupos em libras, encontros com crianças, exibição de filme, encontro com artistas para falar de arte e muito mais.

ACERVO - No caso de Neyder, o colecionismo não se configura em um conjunto aleatório de objetos, mas sim um projeto de vida, afinal sua coleção remonta ao início da década de 1990, quando o jovem estudante de arte, com 20 e poucos anos, trocava trabalhos de sua autoria com colegas e professores, embora sem a intenção ainda de formar uma coleção.

Assim, em um período de cerca de três décadas o colecionador reuniu um extenso e significativo legado de obras de arte moderna e contemporânea, em diferentes suportes artísticos. Conhecer o seu acervo é um verdadeiro passeio pela história da arte mundial dos últimos tempos, afinal, em sua coleção estão representados alguns dos principais nomes da arte produzida no Brasil e em outros continentes, dos quais, em sua maioria, nomes emergentes entre o final da década de 1980 e o início da seguinte.

A “Das Poéticas do Colecionador: Neyder Fernando Lima – Exposição” é organizada pelo Instituto Modus Vivendi, como parte do Programa de Fomento às Artes Visuais realizado pelo Museu de Arte do Espírito Santo – MAES em conjunto com a Secretaria de Estado da Cultura.

 

FOTO: Divulgação

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)