Fitoterapia, matemática, ciências, física e química a partir da educação ambiental. Já imaginou aprender tudo isso utilizando uma horta dentro do ambiente escolar? Os alunos do ensino fundamental da escola Municipal Tancredo de Almeida Neves (TAM), em Vitória, utilizam esse método e demonstram a importância do aprendizado científico em sua formação como cidadãos, além do reflexo dessa formação dentro do ambiente familiar e em suas comunidades.
A horta medicinal do TAM foi tema de artigo apresentado no IV Encontro Nacional de Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente Niterói/RJ 2014 pelos pesquisadores Sabrine Lino Pinto, Antonio Donizetti Sgarbi, a professora do TAM, Daniela Coutinho D`Ávila de Almeida e Maria das Graças Lobino. O evento foi promovido pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e reuniu pesquisadores, professores e estudantes da área da ciência, matemática e meio ambiente.
A horta nesse contexto é um artefato pedagógico, que se originou do tema de mestrado e doutorado da professora Graça Lobino, que também é assessora especial da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti). O projeto macro é denominado Alfabetização Científica no Marco da Sustentabilidade e atualmente é coordenado pela Sectti em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e Prefeitura de Vitória com participação de bolsistas de iniciação científica, mestrandos, pesquisadores e sociedade civil organizada.
“Trata-se de uma volta às raízes, onde as crianças sejam ‘alfabetizadas’ a partir das letras da natureza. Assim como as 23 letras do alfabeto formam todas as palavras da língua portuguesa, os 108 elementos químicos formam todas as ‘coisas’ existentes no planeta natural e artificial. Assim, a química começa a fazer parte da aprendizagem como um conhecimento real, acessível a todos os cidadãos”, explica a professora Graça Lobino.
Durante o evento, o projeto foi visto por uma professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) que irá utilizá-lo para aplicar na formação de professores na Universidade. A UERJ tem um projeto de formação de professores em química e ciências e pretende usar o modelo como suporte.
FOTO: Assessoria de Comunicação / Sectti
(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)