O Palácio Anchieta abriu as portas para homenagear pessoas e instituições comprometidas com as causas sociais e ambientais no Espírito Santo, com a entrega do 12º Prêmio Dom Luís Gonzaga, nesta quarta-feira (24). A data escolhida para a cerimônia deste ano foi o dia do nascimento do líder religioso Dom Luís, que dá nome ao prêmio, que estaria completando 90 anos.
O prêmio, uma iniciativa do Governo do Estado, tem a finalidade de homenagear pessoas e instituições que trabalham comprometidas com as causas sociais e ambientais e que contribuem com a transformação da realidade capixaba, servindo também de exemplo para que outras pessoas sigam o mesmo caminho.
O governador Paulo Hartung ressaltou que a 12ª Edição do Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes é importante para resgatar bons valores na sociedade com exemplos que servem de inspiração. "Dom Luís é inspiração de boas práticas, bons exemplos e boas trajetórias de vida neste vazio de liderança que vivenciamos atualmente no Brasil. Isso é Dom Luís. Precisamos aproveitar esse evento que serve de premiação, inspiração, reflexão de pessoas que cuidam da humanidade", disse.
"Neste dia que comemoramos o aniversário de Dom Luís devemos chacoalhar a alma e enfrentar essa correnteza do egoísmo e individualidade para resgatar a solidariedade humana", completou.
O trio Fames Sax Dance, composto por Jovaldo Guimarães, Rondineli Mendes e Guilherme Dias, da Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames), marcou a abertura do evento. A apresentação contou com clássicos da música brasileira como Carinhoso, de Pixinguinha; Fascinação, de Dante Pilade; e Brejeiro, de Ernesto Nazaré.
Neste ano, os homenageados foram o Centro de Valorização da Vida – CVV; Hermógenes Lima da Fonseca (in memoriam); Joaquim Beato (in memoriam); Projeto “Da tranca para rua” – Defensoria Pública Estadual.
Em um discurso emocionado que comoveu as pessoas presentes, Dona Vitória Torezani Beato falou com muito carinho sobre o pastor, teólogo, professor e marido (in memoriam), Joaquim Beato. Segundo ela, suas palavras vinham do coração e por isso afirma que foram 33 anos muito abençoados que viveu ao lado de Joaquim. “Ele sabia ouvir, especialmente casais para aconselhamento. Sabia muito meditar sobre tudo que ouvia e costumava não ser juiz.” Com muita emoção, finalizou seu discurso relembrando suas últimas palavras: “Estamos passando, mas precisamos principalmente marcar bem”.
Ao receber o prêmio, representando a Defensoria Pública do Estado, o defensor-geral, Leonardo Oggioni Cavalcante, disse que se sente orgulhoso pelo trabalho desenvolvido pela instituição. "É uma honra para a Defensoria Pública Estadual ser agraciada com o Prêmio Dom Luís, principalmente pelo que ele representa. São valores e ideais que vão diretamente ao encontro de tudo o que é proposto pela instituição: a defesa dos direitos dos menos favorecidos e a promoção da justiça e da solidariedade”, disse.
O reconhecimento do projeto “Da tranca para rua” reflete a importância de se trabalhar em prol desses valores, e mostra que estamos no caminho certo. A ideia trabalhada pelos defensores públicos Marcello Paiva de Mello e Cláudio Angelo Correa Gonzaga promove a educação cidadã, o conhecimento e a difusão de conteúdo jurídico, para que tanto os internos das unidades prisionais capixabas quanto seus familiares possam exercer plenamente sua cidadania. Por meio dessas atividades eles passam a conhecer os institutos básicos da execução penal, além de seus direitos e deveres como cidadãos e detentos, contribuindo para sua formação intelectual e sua reinserção na sociedade.
Maria Augusta Fonseca, viúva do valente defensor dos direitos dos quilombolas, Hermógenes Lima da Fonseca (in memoriam), conta que o prêmio dignifica a pessoa do seu amado e saudoso companheiro, não só pelo que ele foi em vida, mas principalmente pelo seu idealismo na defesa dos direitos humanos.
Durante o discurso, a neta de Hermógenes, Tatiana Fonseca Portela, falou sobre o legado deixado pelo avô. “Para as pessoas que tiveram o privilégio de desfrutar da sua companhia, será sempre lembrado como o mestre que gostava de doar os seus ensinamentos com simplicidade e gestos de humildade, como fazia com os participantes do Ticumbi, do Alardo, das Pastorinhas, do Jongo, do lugar que mais amou e se dedicou que foi Conceição da Barra. Deixou o legado de que devemos viver com a alegria, compartilhar com o próximo a sabedoria e a bondade, e termos como premissa a igualdade social”.
Representando o Centro de Valorização da Vida (CVV), Vinícius Leite Almeida falou em seu discurso que o trabalho que eles exercem basicamente se dá por meio da escuta, criando um meio de saber ouvir pessoas que realmente precisam ser ouvidas. “Procuramos evoluir sempre e para isso é preciso desenvolvermos cada dia mais a solidariedade, assim como sermos mais humanos”.
Autoridades presentes
Dentre as autoridades presentes no evento estavam o governador Paulo Hartung e os secretários de Estado do Governo, Angela Silvares; de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia; de Economia e Planejamento, Régis Mattos; de Gestão e Recursos Humanos, Dayse Lemos; Direitos Humanos, Júlio Pompeu; de Controle e Transparência, Eugênio Ricas; de Justiça, Walace Pontes; de Educação, Haroldo Correa Rocha; de Assistência Social, Rodrigo Coelho; de Ações Estratégicas, Gabriela Lacerda; de Turismo, José Salles; e de Esporte e Lazer, Edimilson Barbosa.
Além dessas autoridades, também prestigiaram o evento o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Carlos Marcelo D'Isep; o presidente do Tribunal de Contas (TC), Sérgio Aboudib; o conselheiro do Tribunal de Contas (TC), Domingos Tauffiner; a subprocuradora de Justiça, Heloisa Malta Carpi; o defensor público-geral, Leonardo Oggioni; o presidente da Associação de Defensores Públicos, Pedro Paulo Coelho; o diretor-presidente do Prodest, Renzo Colnago; o diretor-geral da Suppin, Sérgio Gianordolli; e a presidente do Procon, Denise Izaita.
Da comissão organizadora do prêmio, estavam presentes Cláudio Humberto Vereza Lodi, presidente da Comissão, assim como os membros: Padre Alberto Fontana, Cristóvão Colombo, Giovana Marcia Valfré, Laura Maria Shneider, Maria Elvira Bazet, Dante Segundo Pancini, Marialva Pinto Coelho Vello e a secretaria executiva Mariléia Pimenta.
A equipe que compõe a comissão do prêmio começou a se reunir em abril para realizar as pesquisas, fazer as avaliações e os julgamentos das pessoas e entidades que se destacam no trabalho de promoção à igualdade entre as pessoas.
FOTO: Leonardo Duarte / Secom-ES
(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)