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Clientes Banescard podem trocar pontos por plantio de árvores

14/12/2015


Para os clientes do Banestes está mais fácil ser amigo da natureza. Basta resgatar pontos fidelidade do cartão Banescard para serem usados na recuperação florestal de áreas e nascentes do Estado. A iniciativa é possível devido à parceria entre o banco e o Programa Reflorestar, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama). A assinatura do acordo aconteceu na última sexta-feira (11), no Palácio Anchieta, em Vitória.

Participaram o governador Paulo Hartung, o diretor presidente do Banestes, Guilherme Dias, o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rodrigo Júdice, o secretário estadual de Educação, Haroldo Rocha, o diretor-presidente da Cesan, Pablo Ferraço Andreão, além de outras autoridades, empresários e convidados.

É simples participar e contribuir com o reflorestamento no Estado. A partir de 1.500 pontos no Banescard, o cliente pode trocar os créditos por árvores, que serão plantadas nas regiões indicadas pelo Reflorestar. E o Banestes dobrará o volume de mudas que o correntista plantar.

Os pontos são acumulados quando o cliente usa o cartão na função crédito ou débito. Os pontos resgatados pelos clientes e destinados ao Programa Reflorestar serão convertidos em dinheiro, que será creditado ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua) para a finalidade de plantio de árvores. A cada resgate de pontos efetuado pelos clientes, o Banestes destinará igual valor ao Fundágua, multiplicando assim o plantio de árvores.

As mudas das árvores são de espécies nativas da Mata Atlântica. Elas serão plantadas em áreas degradadas, com objetivo de recuperar a cobertura florestal em todo o Espírito Santo.

O governador reforçou o discurso da conscientização e necessidade da população mudar da relação de consumo com o meio ambiente e os recursos naturais. “Não vamos mudar esse Estado reclamando e ficando de braços cruzados. Precisamos avançar, e tentar evoluir em uma relação nova, diferenciada e equilibrada do ser humano com os recursos naturais”, destacou Hartung.

“Neste evento de hoje temos uma combinação importante que é um programa da Secretaria de Educação que permite às novas gerações refletirem sobre a escassez dos recursos naturais e, conjuntamente, o lançamento de um programa que permite as demais gerações poder participar de um esforço para reconstrução, recuperação e preservação da natureza. Nosso objetivo único é conscientizar e envolver a sociedade”, ponderou o governador.

O presidente do Banestes destacou que a parceria do Banescard com o Programa Reflorestar representa uma inovação nas práticas do sistema bancário. “Teremos uma associação entre o Banescard e o Programa Reflorestar na bandeira de 700 mil cartões de débito e/ou crédito, que serão substituídos ao longo dos próximos dois anos. Não existe nada igual no segmento de cartões de crédito/débito. Trata-se de um estímulo para as pessoas contribuírem com o meio ambiente. É um compromisso de colaboração, apoio mútuo e um mecanismo financeiro que, somados, irão contribuir para a recuperação de florestas no Estado”, assinalou.

As áreas reflorestadas poderão ser monitoradas pelo site www.reflorestar.es.gov.br. O catálogo de pontos, opções de resgate e o regulamento estão disponíveis no site do Banestes www.banestes.com.br/fidelidade .
Além de contribuir para a recuperação das florestas, o banco vai lançar um novo modelo para o Banescard. O cartão exibirá o selo do Programa Reflorestar e duas paisagens famosas: a Pedra Azul e o Frade e a Freira. Os novos cartões serão enviados para os clientes quando os atuais vencerem.

O evento comemorou ainda o centenário do patrono da Ecologia do Brasil, Augusto Ruschi, que comemoraria seu aniversário no dia 12 de dezembro. Nascido em Santa Teresa, além de cientista, ele foi ecologista, agrônomo, botânico, ornitólogo, topógrafo e advogado. Na ocasião, foram distribuídos para o público da cerimônia exemplares produzidos pela Imprensa Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO/ES) em homenagem ao pesquisador capixaba, um dos grandes defensores das florestas.

Para o secretário de Estado do Meio Ambiente, Rodrigo Júdice, hoje um dos maiores desafios quanto ao reflorestamento é o seu monitoramento, lembrando ainda da participação do Governo do Estado esta semana na Conferência das Partes (COP 21), em Paris , e do REED+, que significa Redução de Emissões do Desmatamento e da Degradação Florestal, mecanismo que recompensa financeiramente os países em desenvolvimento em função dos resultados obtidos no combate ao desmatamento e a degradação das florestas e na ampliação da cobertura vegetal.

“Com o desenvolvimento do REDD+, sendo que este representa ainda um conjunto de outras ações sobre manejo florestal sustentável e aumento e conservação dos estoques de carbono florestal, devemos comprovar para a Organização das Nações Unidas (ONU) que nossas metas serão alcançadas, e que podemos ampliar ainda mais a escala de reflorestamento no Espírito Santo”, explicou.

O Programa Reflorestar encerra o ano de 2015 viabilizando o plantio de aproximadamente seis mil hectares, o que representa algo entre cinco ou seis milhões de mudas de árvores nativas a serem plantadas.

“A parceria com o Banestes vai possibilitar que os clientes do banco a partir de agora também nos ajudem nessa empreitada. Nós nos responsabilizamos pelo plantio e os recursos serão destinados para uma conta específica para melhor gerenciamento. No próximo ano, já com um determinado volume de mudas plantadas, vamos apresentar à sociedade o resultado dessa ação”, explicou.

Criado a partir de experiências acumuladas nos últimos 10 anos, o Programa Reflorestar tem como objetivo promover a restauração do ciclo hidrológico por meio da conservação e recuperação da cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, estimulando a adoção de práticas de uso sustentável dos solos.

PROGRAMA REFLORESTAR - A ideia é criar estímulos para a adoção de novos sistemas produtivos de base florestal e de alternativas econômicas sustentáveis. Além da preservação da floresta existente e da recuperação da mata nativa, também são incentivadas práticas como os sistemas agroflorestais, onde é possível conciliar culturas como cacau, palmito, café, seringueira, banana, entre outras, com espécies da Mata Atlântica.

Outra possibilidade são os sistemas silvipastoris, que consistem em plantar algumas espécies florestais no pasto, o que melhora sua produtividade e facilita o processo de infiltração da água no solo.

Os produtores rurais recebem o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), cuja principal fonte de recurso são os royalties de petróleo e gás, para aquisição de mudas e outros insumos necessários para promover a implantação da nova formação florestal na propriedade. Desta forma, ampliam a oferta d’água por meio da proteção de nascentes, áreas ciliares e zonas de recarga de água.

A meta é ampliar a área de Mata Atlântica no Espírito Santo em 80 mil hectares até 2018, conforme metas almejadas pelo Governo do Estado, descritas no Planejamento Estratégico 2015/2018. O mesmo objetivo também foi estabelecido como contribuição do Estado ao aderir o Desafio 20x20, proposto na Conferência das Partes (COP 20), ocorrida no Peru em 2014, por países da América Latina e Caribe (LAC) para restaurar e/ou evitar o desmatamento em 20 milhões de hectares.

 

FOTO: Romero Mendonça / Secom - ES

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)