Ofertar tratamento de qualidade com suporte de equipamentos e equipe qualificada. É assim que os pacientes internados no Hospital Dr. Jayme Santos Neves estão sendo assistidos e da mesma forma serão em suas residências, por meio do Programa de Atenção Domiciliar (PAD), que entrou em funcionamento na última quinta-feira (03). O objetivo é transferir para o domicílio, uma estrutura empregada num hospital em circunstâncias e condições ideais para a continuidade do tratamento sem perda de qualidade e efetividade.

A participação no programa está sujeita ao quadro clínico favorável do tratamento em casa, além de outros critérios como adequação do ambiente e um cuidador que tenha capacidade de dar suporte para o paciente. Isso será avaliado caso a caso pela equipe, inclusive por meio de visitas a residência, o que dará a devida segurança ao mesmo e aos seus familiares. Isso é feito por meio de um plano terapêutico que é traçado antes mesmo da alta do paciente, em concordância com a equipe que faz o acompanhamento do paciente e a equipe do PAD, que é composta por um médico, um técnico de enfermagem e um enfermeiro.

Casos de pacientes em tratamento de quadro infeccioso usando medicação injetável, mas com estabilidade clínica, também poderão ser inseridos nesta modalidade de tratamento, na qual a remoção é feita por equipe contratada pelo hospital.

Dona Neusa Pereira dos Santos foi a primeira paciente a ser contemplada pelo Programa. Recebeu alta hospitalar também na quinta-feira, data de início do PAD, e continuará o tratamento no conforto de sua casa. Vítima de uma parada cardiorrespiratória há nove meses, Dona Neusa foi atendida desde então nas instalações do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.

Seu Adão Camargo dos Santos, marido da paciente, relata a satisfação que é poder finalmente levar sua esposa para casa. “Neusa foi vítima de uma parada cardiorrespiratória. Há noves meses venho todos os dias acompanhá-la. Creio que o atendimento em casa será tão bom quanto no hospital, evitando tantos deslocamentos que eu preciso fazer para estar com ela. Ela também estará junto de toda a família, no conforto de casa. E vamos ter todo o acompanhamento necessário com um profissional que vai em casa, inclusive”, destaca.

A coordenadora do Programa, médica Simone Freitas Coelho Tosi, explica que o PAD é benéfico não só para o paciente, mas para o hospital também. “Por meio deste programa o paciente continuará a ser atendido com o suporte necessário, mas sem precisar estar no ambiente hospitalar. Já para o hospital ocorrerá a liberação do leito, garantindo a contínua oferta do mesmo para a rede pública”.

Simone acrescenta ainda que em caso de necessidade pode ocorrer o retorno ao hospital. E dependendo da demanda e das necessidades que o programa for recebendo a equipe poderá ser ampliada e também contar com profissionais de outras especialidades, como nutricionista e fisioterapeuta, que orientam a alta para o PAD.

FOTO: Nestor Müller / Secom-ES

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