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Estudantes da rede estadual visitam exposição “Constelações”

18/08/2016


Os alunos da rede pública estadual vão participar de uma experiência poética, que leva a reflexões sobre identidade, a memória e o afeto. Na última terça-feira (16), as escolas iniciaram as visitas à exposição “Constelações”, do artista plástico capixaba Hilal Sami Hilal, no Palácio Anchieta, em Vitória.

Uma das unidades escolares que já visitaram a exposição foi a Escola Clotilde Rato, da Serra. Os estudantes foram acompanhados da professora de Arte Cláudia Gagno Franco Ribeiro, que contou como foi a experiência de visitar a exposição.

“O Hilal teve um momento muito importante com os alunos. Ele participou da oficina que foi oferecida por servidoras da Sedu, em que ensinaram a técnica do artista. Nesse momento, os estudantes produziram nomes que foram utilizados na montagem da ‘Constelação’”, contou Cláudia.

A professora também falou sobre como foi o trabalho em sala de aula. “Estudamos sobre a vida do artista, suas produções, e o material que ele utiliza em suas produções, que é a celulose. Essa visita foi bem produtiva, pois também serviu para que muitos alunos conhecessem o Palácio Anchieta, que é um patrimônio capixaba”.

A mostra conta com três grandiosas instalações, que se unem a um objeto-livro. “Para o meu amor passar” é a instalação que recebe os visitantes e os conduz ao universo poético do artista. Inspirada na cantiga popular, a instalação "Se essa rua fosse minha" ocupa uma área de 250 metros quadrados, com 40 mil “pedrinhas de brilhante” incrustadas em oito mil ladrilhos cinza chumbo. A obra, que não tem um percurso definido, evoca lembranças e inquietações subjetivas.

Antes de chegar à obra-título, a exposição tem dois outros trabalhos monumentais, que fazem parte da série “Deslocamentos”. O primeiro é uma “piscina” – obra inédita – com 5,6 metros de diâmetro. Na água, papel macerado, glicerina e pigmento, flutuando como um grande mundo cuja forma constitui uma paisagem real em movimento. Um Objeto-livro é o trabalho seguinte, que também produz sua própria direção: numa inclinação de 30 graus, pranchas imensas de papel artesanal que se prolongam por todo o espaço do local.

"Obra coletiva"

Esse percurso leva à obra Constelações, que dá nome à mostra. Ela é uma "obra coletiva", com a participação de 2.500 jovens alunos de escolas públicas da Grande Vitória, que marcaram no trabalho dez mil nomes de pessoas que apresentam relação afetiva em suas vidas. Produzida em papel artesanal colorido sobre tecido transparente, as caligrafias são refletidas por espelhos em toda a extensão do teto.

“Nessa exposição, as constelações se formam pela reunião de nomes, caligrafias, memórias e afetos, dores e alegrias. A suposição é de que será possível a reconfiguração de rememorações e reminiscências perdidas. E cada instalação é representada por seus atributos, símbolos de memória e reconstrução, que implicam reviver conteúdos que estão na base da construção da nossa identidade”, enfatiza a curadora Neusa Mendes.

Inspirada em “Noite Estrelada”, de Van Gogh, ”Constelações” vem sendo produzida desde abril. Com uma equipe composta pela psicanalista Ruth Ferreira Bastos, pelo educador Laércio Ferracioli e pela curadora Neuza Mendes, o artista Hilal promoveu workshops para os diretores e professores de sete escolas da rede estadual de educação de Vitória e Região Metropolitana. Durante os encontros, o artista falou sobre a experiência com a arte, da “Constelação” e da evocação da memória pessoal ou coletiva, articulando a noção de identidade.

Num segundo momento, foram realizadas oficinas de papel artesanal – trapos macerados que trazem as marcas do tempo e fazem parte indissociável da plástica – com alunos. Os nomes foram praticamente desenhados: o papel macerado foi injetado em bisnagas como as de confeiteiros, de onde brotaram as caligrafias dos participantes.

"Em cada nome há uma recordação, uma marca. Há vida. Me sinto feliz na realização de um trabalho coletivo, em poder aproximar os jovens da arte, em ter a chance de, quem sabe, contribuir para modificar as suas perspectivas de futuro”, confessa Hilal.

A exibição vai até o dia 6 de novembro e o evento é aberto ao público. A curadoria é de Neusa Mendes, pesquisadora e crítica de arte da Universidade Federal do Espírito Santo/UFES, e a produzida pela 4 Art Produções Culturais.

Exposição Constelações – Hilal Sami Hilal

:: Visitação: até 06 de novembro de 2016 (entrada franca)
:: Tel.: (27) 3636-1035
:: Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 9h às 17h; sábado, domingo e feriados – das 9h às 16h.
:: Local: Espaço Cultural do Palácio Anchieta, Praça João Clímaco, 142 – Centro, Vitória.

 

FOTO: Divulgação / Secult

(Os textos publicados são produzidos pela Rede de Comunicação do Governo do Espírito Santo)